6 de setembro de 2011

Um café sem açucar, por favor - Rebecca Menezes

Certo dia, pedi um gole de café a um amigo e ele respondeu: “Está sem açúcar…”. Peguei o copo afirmando que também gostava sem açucar, no que obtive a resposta: “Pois é, de doce já basta a vida! “. No momento dei uma risada, concordei, dei um gole ou dois, o devolvi agradecendo e continuei meu caminho pensando sobre a nova pérola que eu havia escutado.

A princípio, realmente hei de concordar com ela, afinal, o que pode ser mais doce que estar vivo? Não existir! Estar vivo e existir são duas coisas completamente diferentes. Me refiro a realmente viver: rir, chorar, correr, cansar, pular, nadar, brincar, amar, ser amado, enfim, simplesmente viver.

Mas o que se tornou a vida de hoje em dia? Aos 13 anos as meninas já estão preocupadas com a marca mais confiável de camisinha, sendo que aos 10 já pegavam 5 em uma tarde. Onde os meninos de 10 anos se xingam de palavrões que eu nem sabia que existiam, e os de 13 têm como principal hobby ver quem cai por último depois de se embebedarem (ou drogarem). E isso não só em classes sociais menos privilegiadas, pelo contrário, as supostas classes mais cultas, privilegiadas, são as que mais têm crianças/adolescentes problemáticos.

Mas o problema não está só em nossas crianças e adolescentes (nosso futuro). O nosso presente também é catastrófico: Presidentes querendo destruir outros países por problemas pessoais; artistas poderosos que perdem o respeito entre si ou o senso de educação mínima; professores vendendo resultados ou trocando notas por “favores”; catástrofes causadas pelo “avanço” da humanidade. Estamos construindo um futuro cada vez mais obscuro e por mais que falemos, não nos importamos de verdade! A humanidade só irá compreender que por mais clichê que soe, “só a união faz a força”! Porém, a união não necessariamente implica em um grupo de pessoas juntos fazendo algo. Se cada pessoa fizer sua parte, teremos um grande todo juntando tudo, o essencial é se perguntar: onde foi parar minha razão de viver?

Falando em união, a união também faz o açúcar: o que começou tudo isso! Realmente o mundo dá voltas, a pergunta é: até quando se continuar rodando assim? Agora com licença que vou tomar meu café, sem açúcar, por favor.

Por: Rebecca Menezes (@bbourne_)

2 de setembro de 2011

Se eu Soubesse - Chico Buarque & Thaís Gulin



Ah, se eu soubesse não andava na rua
Perigos não corria
Não tinha amigos, não bebia
Já não ria a toa
Não enfim, cruzar contigo jamais

Ah, se eu pudesse te diria na boa
Não sou mais uma das tais
Não ando com a cabeça na lua.
Nem cantarei 'eu te amo demais',
Casava com outro se fosse capaz
Mas acontece que eu saí por aí
E aí, larari larari larari larara

Ah, se eu soubesse nem olhava a lagoa
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia,
Não dormia nua
Pobre de mim, sonhar contigo, jamais

Ah, se eu pudesse não caía na tua
Conversa mole outra vez
Não dava mole a tua pessoa,
Te abandonava prostrado aos meus pés,
Fugia nos braços de um outro rapaz.

Mas acontece que eu sorri para ti
E aí larari larara lariri, lariri
Pom, pom, pom, ...

Ah, se eu soubesse nem olhava a lagoa
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia,
Não dormia nua
Pobre de mim, sonhar contigo, jamais

Ah, se eu pudesse não caía na tua
Conversa mole outra vez
Não dava mole a tua pessoa,
Te abandonava prostrado aos meus pés,
Fugia nos braços de um outro rapaz.

Mas acontece que eu sorri para ti
E aí larari larara lariri, lariri...

Não consigo parar de ouvir essa música!